Quando me perguntam sobre as possibilidades modernas de tratar a artrose de joelho sem recorrer a cirurgias invasivas, uma das tecnologias que sempre menciono é o Lipogems. Em meu consultório em Criciúma, SC, noto uma crescente procura por métodos menos agressivos, que ajudem a restaurar a função articular com menos dor e menor tempo de recuperação. A medicina regenerativa, área na qual atuo e estudo há anos, abre caminhos para intervenções inovadoras, como essa.
O que é o Lipogems e qual sua indicação?
Lipogems é uma tecnologia médica que utiliza as propriedades regenerativas do tecido adiposo autólogo, ou seja, da própria gordura do paciente, para tratar articulações lesionadas ou afetadas por processos degenerativos. No joelho, o principal foco é a artrose, mas há outras aplicações em casos de lesões no menisco, cartilagem e até no pós-operatório de cirurgias.
A aplicação se dá especialmente em pacientes que:
- Estão nos estágios iniciais e intermediários da artrose;
- Não responderam bem a tratamento medicamentoso;
- Desejam evitar ou adiar a prótese;
- Buscam uma abordagem minimamente invasiva;
- Possuem contraindicação ou receio de cirurgias maiores.
Em minha experiência, vejo como esse perfil encontra no Lipogems um possível aliado para retomar atividades do dia a dia, reduzindo limitações funcionais. Há casos em que outros tratamentos, como fortalecimento muscular ou mudanças de estilo de vida, ainda são recomendados – inclusive o treinamento muscular combinado com reabilitação de marcha também apresenta benefícios, mas quando há critérios clínicos e escore funcional adequados, aposto com boa confiança nesse método.
Como o Lipogems funciona no tratamento da artrose?
O ponto-chave está no uso das células mesenquimais adultas do tecido adiposo. Ao contrário do que muitos pensam, não se trata de manipulação genética ou de células embrionárias. É a gordura do próprio paciente, fragmentada de forma mecânica – sem uso de reagentes químicos – e processada em circuito fechado, preservando propriedades biológicas e minimizando riscos.
Essas células e fatores bioativos presentes na gordura processada são injetados dentro da articulação do joelho. Ali, podem atuar na:
- Modulação da inflamação;
- Estímulo à regeneração de cartilagem;
- Redução da dor articular;
- Melhora do ambiente intra-articular;
- Proteção de estruturas remanescentes.
Minimamente invasivo, com potencial regenerativo.
A diferença marcante está no fato de esse processo ser autólogo e rápido: em poucas horas, tudo é feito, do preparo à aplicação.
Como é feito o procedimento?
Para explicar de forma simples, o passo a passo geral no consultório é assim:
- Realizo uma pequena anestesia local, geralmente na região abdominal, para retirada de uma quantidade pequena de gordura.
- Esse material é processado em sistema fechado, fragmentando mecanicamente o tecido, removendo impurezas e preservando as células desejadas.
- Tudo pronto, faço então a infiltração da matriz rica em células mesenquimais na articulação do joelho, guiando a agulha por imagem se necessário, o que aumenta a precisão e segurança.
O paciente pode ir para casa no mesmo dia. Raramente ocorre necessidade de internação, o que é um avanço em relação à cirurgia convencional.
Quais são os riscos e limitações?
Embora seja considerado seguro e minimamente invasivo, nem todo procedimento está livre de complicações. As reações mais comuns são:
- Desconforto na região da coleta (abdome);
- Edema ou hematoma local, que se resolvem em poucos dias;
- Raramente, reação inflamatória leve no joelho, manejável com analgésicos comuns.
Por se tratar de um método que não envolve medicamentos sistêmicos, os riscos de alergia são mínimos. Não há rejeição.
Mas é preciso entender: nem todo paciente terá um resultado igual. Fatores como idade, grau da artrose e expectativas precisam ser discutidos diretamente entre médico e paciente. Estudos clínicos, como o ensaio duplo-cego avaliando Lipogems em osteoartrite de joelho, mostram boa resposta sobretudo em quadros leves a moderados, com ganho funcional e queda na dor em até um ano.
Recuperação após o procedimento
No dia seguinte, muitos relatam já uma diminuição da dor. No entanto, costumo orientar repouso relativo por alguns dias e acompanhamento multiprofissional se preciso. Atividades físicas leves podem ser retomadas rapidamente, enquanto esportes de impacto são liberados apenas após avaliação.
Outro dado interessante é que, conforme pesquisas clínicas recentes, boa parte dos pacientes manteve resultado após 6 e até 12 meses (ver combinação de células do tecido adiposo na osteoartrite de joelho).
Por que prefiro o Lipogems frente a opções tradicionais?
Não é raro o paciente chegar ao consultório preocupado em “precisar de cirurgia”. O receio é instintivo, e a recuperação costuma assustar. O Lipogems oferece:
- Ambiente ambulatorial;
- Menor tempo de afastamento;
- Menos risco de infecção;
- Preserva recursos biológicos do próprio paciente;
- Rápido retorno ao cotidiano.
Para mim, essas características encaixam a técnica no grupo dos tratamentos minimamente invasivos de maior relevância na ortopedia contemporânea.
O papel do ortopedista especializado
Nenhuma tecnologia substitui uma boa avaliação clínica, exames adequados e diálogo franco sobre riscos e benefícios. Como médico com foco em técnicas modernas, faço questão de individualizar a indicação em contexto de medicina regenerativa, auxiliando o paciente a entender limites e possibilidades. Muitos temas adicionais podem ser conferidos nos meus artigos sobre joelho, ortopedia e medicina regenerativa.
Se você busca alternativas modernas e minimamente invasivas, convido a conhecer melhor o trabalho que realizo integrando tecnologia e acolhimento humano no tratamento do joelho. Estou à disposição para uma avaliação detalhada e personalizada, priorizando sempre a função, o alívio da dor e a qualidade de vida.
Perguntas frequentes sobre Lipogems no joelho
O que é o tratamento Lipogems no joelho?
O tratamento com Lipogems consiste na aplicação de células e frações bioativas do próprio tecido adiposo do paciente, processadas e infiltradas diretamente na articulação do joelho. O objetivo é promover regeneração e modulação inflamatória em quadros de artrose e outras lesões articulares.
Como funciona o procedimento de Lipogems?
A técnica envolve retirada de pequena quantidade de gordura do abdome, processamento em sistema fechado (sem produtos químicos), e posterior infiltração desse material na articulação do joelho, visando estímulos regenerativos e anti-inflamatórios. O pós-procedimento é simples, permitindo retorno rápido às atividades.
Quem pode fazer o tratamento com Lipogems?
Pessoas com artrose de joelho em estágios iniciais ou moderados, lesões cartilaginosas, ou que desejam postergar cirurgias mais invasivas são candidatos potenciais, desde que tenham avaliação ortopédica adequada. Cada caso deve ser analisado individualmente por especialista em medicina regenerativa.
Quais são os riscos do Lipogems no joelho?
O procedimento é considerado seguro, com riscos baixos. Eventualmente podem ocorrer desconfortos locais, hematomas ou reação inflamatória leve. As reações graves são raras, principalmente por se tratar de material biológico autólogo, sem chance de rejeição.
Quanto custa o tratamento Lipogems no joelho?
O custo pode variar conforme a clínica, equipe médica e materiais envolvidos. Recomendo uma avaliação detalhada para orçamento personalizado. Nos meus atendimentos, sempre busco transparência sobre valores, benefícios e limitações, alinhando expectativas ao perfil do paciente.
Fique à vontade para pesquisar outros conteúdos, como o artigo sobre detalhes avançados do procedimento em outros tratamentos modernos. Dê o próximo passo na sua jornada e descubra como posso te ajudar com a medicina regenerativa no joelho!