Você já ouviu falar sobre a Tendinite Pata de Ganso?
A Pata de Ganso é o nome popular dos três tendões musculares presentes no joelho que podem desenvolver tendinite. Chamamos assim por conta da aparência dos tendões, que são: sartório, grácil e semitendinoso. Esses músculos são responsáveis pela flexão do joelho e protegem a articulação do estresse em rotação e do desvio do joelho para dentro.
Esse tipo de tendinite é comum entre atletas que praticam corrida, mas há também alguns fatores de risco para o desenvolvimento da condição, que costuma afetar mais as mulheres, uma vez que costumam ter os joelhos mais para dentro, condição chamada de valgo, por conta do tamanho dos quadris.
Além disso, mulheres acima do peso também apresentam risco maior de terem tendinite da pata ganso. Praticantes de atividades físicas de constante impacto no joelho também estão entre os considerados fatores de risco.
Sintomas da Tendinite da Pata de Ganso
Os principais sintomas desse tipo de tendinite incluem dor na região interna do joelho, associada a uma leve inflamação na região. O paciente também apresenta dor ao fazer a flexão do joelho, ou seja, em movimentos como subir e descer escadas, ou durante a corrida.
Causas e tratamento
As principais causas da tendinite da pata de ganso estão relacionadas ao estresse na região, sobretudo por esforço repetitivo, por isso é uma lesão comum nos praticantes de corrida.
O tratamento para tendinite da pata de ganso é multifatorial e inicia com um diagnóstico correto, a partir da consulta com um médico ortopedista, que irá fazer exames clínicos e solicitar exames de imagem, como por exemplo, a ressonância magnética. Feito o diagnóstico, o paciente precisa tomar os seguintes cuidados:
– Repouso: Durante o quadro agudo de dor, é preciso parar ou reduzir sensivelmente a atividade física que gera o estresse no local.
– Aplicação de gelo no local: o paciente poderá aplicar gelo na região por 20 minutos algumas vezes ao dia, causando a vasoconstrição, ou seja, a diminuição de fluxo sanguíneo no local, aliada à redução do inchaço.
– Medicamentos analgésicos e/ou anti-inflamatórios: caso necessário, o médico poderá prescrever medicamentos corretos para o seu caso. Lembre-se: nunca se automedique.
– Fisioterapia: é uma forte aliada na melhora do quadro, investimento no fortalecimento muscular, sobretudo na musculatura do quadril, principalmente glúteo médio, além de toda a musculatura adutora do quadril e do quadríceps.
O principal nestes casos é não negligenciar a dor. Ao sentir os sintomas, busque o seu médico ortopedista de confiança.
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Sobre o Dr. Bruno Pavei
O Dr. Bruno Pavei formou-se em Medicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), em Criciúma/SC. Fez residência em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e completou sua formação em Cirurgia do Joelho no Instituto Cohen, em São Paulo/SP.
É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ). Atualmente possui consultório de Ortopedia e Traumatologia na Osteoclínica, em Criciúma-SC, conhecido como o maior centro de Ortopedia e Traumatologia do sul de Santa Catarina e faz parte do corpo clínico dos principais hospitais da região. Saiba mais clicando aqui.
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