Aquela dorzinha que muita gente chama de “dorzinha boa” após a prática de exercícios físicos pode ser também um sinal de alerta. Existe uma diferença entre a dor muscular, provocada pelos treinos e chamada de “Dor Muscular Tardia”, que causa dores mesmo após três dias da prática das atividades.
A Dor Muscular Tardia (DTM) significa que o músculo foi estimulado e estará mais preparado para a atividade física seguinte. Quando essa dor, porém, se estende além de 72 horas, mesmo com repouso, é preciso observar a anormalidade e possibilidade da lesão a partir dos sintomas:
Sentir-se dolorido após um treino tem suas vantagens. Isso significa que seu músculo passou por um estímulo e, ao final da recuperação, estará mais preparado para a atividade física. As dores musculares pós-treino são caracterizadas por:
– Dor generalizada (em toda a perna, ou coxa, em todo o peitoral, em vez de uma parte específica);
– Rigidez e fadiga muscular;
– Falta de força;
– Limitação de movimentos.
Descanso e um bom aquecimento podem solucionar as dores musculares de início tardio. Porém, quando a dor não cessa, permanecendo após 72 horas, pode ser uma lesão. Vamos aos sinais:
– Desconforto na articulação
– Dor em formato de “pontadas agudas”, e não de sensação de rigidez;
– Surgimento de hematomas, regiões avermelhadas e inchaços.
Também podemos verificar a presença de lesões quando o paciente sente dores constantes no mesmo local ao retomar os exercícios. É importante lembrar que as atividades físicas não devem causar dores constantes. Incômodos são comuns na prática de exercícios físicos, mas tendem a desaparecer.
A lesão pode ainda transformar-se em uma contusão, agravando ainda mais o quadro. Por isso, se você apresentar dores pós-treino com durações prolongadas e tiver dificuldades em realizar novamente os exercícios, procure um especialista para o tratamento adequado.
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Sobre o Dr. Bruno Pavei
O Dr. Bruno Pavei formou-se em Medicina pela Universidade do Extremo Sul Catarinense (UNESC), em Criciúma/SC. Fez residência em Ortopedia e Traumatologia pelo Hospital de Clínicas de Porto Alegre (HCPA) e completou sua formação em Cirurgia do Joelho no Instituto Cohen, em São Paulo/SP.
É membro da Sociedade Brasileira de Ortopedia e Traumatologia (SBOT) e da Sociedade Brasileira de Cirurgia do Joelho (SBCJ). Atualmente possui consultório de Ortopedia e Traumatologia na Osteoclínica, em Criciúma-SC, conhecido como o maior centro de Ortopedia e Traumatologia do sul de Santa Catarina e faz parte do corpo clínico dos principais hospitais da região. Saiba mais clicando aqui.